segunda-feira, 7 de janeiro de 2008

Um Pouco de Céu

Bom, quanto à passagem de ano, a Vana já disse quase tudo (só faltou mesmo falar na minha obsessão pelas bombas da Galp!!) LoL :P

Resta-me desejar-vos a todos um bom ano de 2008 =)

E acrescentar que é mentira, eu não como macdonalds como ela disse, hoje é dia 7 e ainda só comi uma vez!! Até porque estou de dieta (uma dieta peculiar, dado que acabei de comer uma data de chocolates..) :D eheh

Agora um pouco do MEU começo de ano, com duas coisas que já o marcaram de alguma forma, e ainda agora começou.

"Não Entres Tão Depressa Nessa Noite Escura", por António Lobo Antunes, foi o livro que me acompanhou nos últimos dias de 2007 e nos primeiros de 2008. Uma experiência literária muito rica. Uma apropriação do verso de Dylan Thomas "Do Not Go Gentle Into That Good Night", este 'poema', como o próprio autor lhe chama, é o acompanhar de uma vida que vai sendo desmontada, sonhada, inventada, adivinhada, organizada e reorganizada por Maria Clara, uma personagem extremamente rica e complexa, mas acima de tudo, extremamente humana.

A Maria Clara "é o homem da casa"; a Maria Clara afirma que "Há momentos na vida em que necessitamos tanto de um sorriso. À falta de melhor, toco-me com o dedo no vidro."

A mestria de Lobo Antunes é marcante. A mistura dos tempos, a troca obsessiva e constante de narrador, a densidade do vocabulário, a omissão de certas palavras ou letras.. Tem um estilo muito próprio. Definitivamente marcante.

"My Life Without Me" foi o primeiro filme que vi em 2008 (ou revi, neste caso). É um dos meus filmes de eleição. Também todo ele um bonito poema. Baseado no livro "Pretending the bed is a raft" de Nanci Kincaid, que será a minha próxima aquisição na FNAC, já esta semana. O filme conta-nos a história de uma jovem que vive a consciência da sua inevitável morte, que se aproxima sob a forma de um tumor. Ela tem duas filhas adoráveis, um marido dedicado, uma mãe revoltada, um pai na prisão, uma amiga obcecada com o seu peso e um homem que a ama com todas as suas forças. Decide não contar nada a ninguém. Vive, tentando silenciar a angústia permanente. E disso resultam 106 minutos de um filme absolutamente fantástico, delicioso a cada fala (especialmente rico no que toca à voz off de Sarah Polley, sempre numa introspecção, uma consciencialização e uma resignação de uma clareza admirável).

"THINGS TO DO BEFORE I DIE.
1. Tell my daughters I love them several times.
2. Find Don a new wife who the girls like.
3. Record birthday messages for the girls for every year until they're 18.
4. Go to Whalebay Beach together and have a big picnic.
5. Smoke and drink as much as I want.
6. Say what I'm thinking.
7. Make love with other men to see what it's like.
8. Make someone fall in love with me.
9. Go and see Dad in Jail.
10. Get false nails. And do something with my hair."

*muah* lots of looooove*

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