sábado, 12 de julho de 2008

ALIVE! 08

dia 10 de Julho



Eu confesso - a ausência de CSS tirou-me o sono de uma noite. Ainda assim, não rouba mais do que perder a Madonna uma vez mais. Voltando a dia 10 de julho, ao Passeio Marítimo de Algés, aqui fica o meu (precioso, útil e indispensável) testemunho:



Vampire Weekend foi o primeiro bom momento do festival. Para quem não teve a sorte de os ouvir (ETs!!!), apenas digo AZAR o vosso! Podem contentar-se com o myspace ou o download ilegal, ou gastar 15€ e comprar o cd, à venda na fnac.

Apesar da tenda estar cheia e de ter emprestado uns cm de altura a alguém (fui generosa demais a vida inteira, mas lixo-me sempre!), o que fez com que o meu campo de visão se limitasse a rabos, os meus ouvidos funcionaram perfeitamente bem como receptores da música dos VW. Há quem lhes chame betinhos devido à sua postura e look em palco, mas asseguro-vos de que a música vale muito a pena. A sua música tem uns pozinhos de África e foram considerados a Banda Revelação pela revista Spin de Março de 2008. A sua canção "Cape Cod Kwassa Kwassa" consta na lista das 100 Melhores Canções de 2007 da revista Rolling Stone. O nome da banda foi repescado de um filme (de vampiros, claro está) feito em parceria com a banda Ra Ra Riot sobre um míudo chamado Walcott que tem de exterminar vampiros que se apoderaram da estância turística de Cape Cod. Algumas músicas deles revivem esta história, como a já referida "Cape Cod Kwassa Kwassa" e "Walcott".

A tarde prosseguiu com as habituais desventuras dos festivais. Após comer um cachorro quente com sabor a mofo, espreitei MGMT durante um ou dois minutos. Tive pena de não ter visto tudo desde o início. O álbum está excelente. Para os interessados, "Oracular Spectacular" é o título da estreia desta banda que é equiparada aos Flaming Lips, e que cujo som a crítica classifica como "pop psicadélico com filtro electro e ligeiro toque do soft-rock dos 70s".

Admito a minha ignorância: mal conhecia os The National. Sabia quem eram, mas só tinha ouvido um ou duas músicas. Penso que de todas as bandas do festival, eles e os Rage Against the Machine dispensam quaisquer apresentações.

Ficámos no alcatrão à espera que viessem os Gogol Bordello. Não sou fã particular deste misto de música cigana circence com rasgos rock, mas lá energia eles transbordam, e é contagiante. A minha cena é mais indie, mais soft, mais pseudo-intelectual, mais alternativa. Portanto fui saciar a sede para uma fila com cerca de 20 pessoas à minha frente, mas com o m a i o r nabo que já vi em toda a minha (curta) vida a servir uma imperial!!!!!!! 30 minutos...

Seguiram-se os The Hives (no palco principal), liderados por um grande personagem musical - digo isto porque o homem, de facto, tem um certo lado gay acentuado e forçado, que lhe dá imensa piada. Sempre bem humorados, deram um concerto muito divertido. No entanto as pessoas já queriam ver os RATM e, como sempre, há gente desagradável na plateia que manda uma boca ou outra...

Não ouvia RATM, não oiço, nem tenciono ouvir. Foi um bom concerto, apimentado pelas omnipresentes raparigas da Optimus em trajos menores. Até admito ter sido memorável, mas não para mim. Provavelmente não tornarão a tocar em Portugal, o que faz daquelas horas um momento histórico.